Curta!On celebra 46 anos do Grupo Corpo com 4 espetáculos e 1 documentário
O Grupo Corpo, uma das mais consagradas companhias de dança brasileiras, completa 46 anos em 2021 e 45 desde a estreia de seu primeiro espetáculo, o sucesso “Maria Maria” — com música original de Milton Nascimento — que ficou uma década em cartaz. Para comemorar sua trajetória, o Curta!On — clube de documentários do Curta! no NOW, da NET /Claro —, preparou com exclusividade o Especial Grupo Corpo, que leva ao streaming quatro coreografias e um documentário sobre os primeiros anos da companhia mineira sediada em Belo Horizonte.
Confira as sinopses das produções do Especial Grupo Corpo, no Curta!On:
21 (1992)- "21" é um divisor de águas na história do Grupo Corpo. Depois de atuar por uma década com temas musicais pré-existentes, a companhia mineira volta, com este balé, a trabalhar com música especialmente composta. Da teia de combinações de ritmos e de timbres em torno do número 21, contida nas partituras criadas por Marco Antônio Guimarães — diretor artístico do Uakti —, o coreógrafo Rodrigo Pederneiras cria uma escritura coreográfica cujo pulso, ou impulso, é de transpiração matemática. O resgate da ideia de trabalhar com uma trilha feita sob encomenda permite também que o Grupo Corpo avance na investigação de um vocabulário próprio identificado com suas raízes brasileiras.
Lecuona (2004)- Em 2004, o Grupo Corpo rende-se à genialidade do maior ícone da música cubana, o pianista Ernesto Lecuona, e decide abrir uma exceção à regra estabelecida em 1992, de só trabalhar com trilhas exclusivas, para colocar em cena o balé que leva o seu nome: “Lecuona”. Os casais se sucedem decantando paixões, segundo roteiros que vêm tanto do romantismo mais desbragado quanto do realismo sem máscara de cada um de nós. O figurino remete a um grande salão de bailes à moda antiga; mas o que é antigo aqui vira a imagem teatral do que há de mais permanente na vida amorosa e erótica. “Lecuona” é uma dança da paixão: tortuosa, difícil, divertida, alegre, impossível.
Onqotô (2005)– A perplexidade e a pequenez do homem diante da vastidão do universo são o tema central de "Onqotô", balé que, em 2005, marcou as comemorações dos 30 anos do Grupo Corpo. Assinada por Caetano Veloso e José Miguel Wisnik, a trilha sonora tem como ponto de partida uma bem-humorada discussão sobre a paternidade do universo. Na coreografia criada por Rodrigo Pederneiras, verticalidade e horizontalidade, caos e ordenação, volume e escassez se contrapõem e se superpõem com a trilha musical, desvelando significados, melodias e ritmos que subjazem ao estímulo sonoro. Este episódio mostra o processo de criação desse balé comemorativo.
Sem Mim (2011)- O mar (de Vigo), que leva e traz de volta o amado, o amigo, é o que dá vida e movimento a “Sem Mim”. O balé é embalado pela trilha original urdida a quatro mãos pelo espanhol Carlos Núñez e pelo brasileiro José Miguel Wisnik, a partir do único conjunto de peças do cancioneiro profano medieval galego-português que chegou aos nossos dias. Nas sete canções, datadas do século XIII, o poeta se pronuncia sempre em nome da mulher; mais especificamente de jovens apaixonadas que pranteiam a ausência ou festejam a iminência do regresso do amado-amigo. Na avidez do reencontro, elas confidenciam ora com o mar, ora com a mãe, ora com amigas. E, para aplacar ou fustigar o seu desejo, saem a banhar-se nas ondas do mar de Vigo.
Documentário Histórico de Maria Maria até Missa do Orfanato - Fundado em 1975, o Grupo Corpo estreou no ano seguinte sua primeira obra, "Maria Maria". Com música especialmente composta por Milton Nascimento, o balé ficou quase uma década em cartaz e percorreu 14 países. Nos oito anos seguintes, o Grupo Corpo colocou em cena seis novas coreografias assinadas por Rodrigo Pederneiras, que assume o posto de coreógrafo-residente e, juntamente com o irmão, Paulo Pederneiras, diretor artístico da companhia, começa a moldar a personalidade do Grupo. Este documentário mostra um pouco dos primeiros 15 anos de história do Grupo Corpo. Abrange os acontecimentos desde a sua fundação, em 1975 e a estreia da sua primeira obra, "Maria Maria", até o final dos anos 1980, quando o Grupo Corpo se firma no cenário da dança mundial com personalidade própria e sucesso reconhecido.
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